domingo, 15 de janeiro de 2012

não pode mijar

Essa semana o vídeo de soldados americanos no afeganistão urinando em corpos de soldados talibãs chocou as autoridades dos dois países, que se pronunciaram contra tal atitude. Não acho que urinar em cima de cadáveres seja um comportamento condizente com o que pessoas deveriam fazer para lutar contra o regime fundamentalista talibã, no entanto não entendo o pronunciamento das duas partes, uma se sentindo ofendida e a outra se sentindo surpresa.
No Brasil, de acordo com o código penal vigente, qualquer pessoa pode até esfaquear e atirar em cadáveres e isso não é considerado crime. Mas o fato de maior contrassenso na minha opinião foi o governo afegão se pronunciar culpando os Estados Unidos. Urinar foi humilhante, foi agressivo, foi ultrajante. Por outro lado, atirar com fuzil no peito dos filhotes de Bin Laden foi um ato legitimado pelo esforço de guerra. Ora, se alguém me der uma rajada de metralhadora e eu cair morto, não acho que vai mudar muita coisa se eu receber uma urinada logo após.
Ah sim, foi o caráter desrespeitoso do ato que deixou governantes e representantes do exército americano indignados. Acho isso um besteira sem tamanho.
A guerra é legítima, o uso de armas de fogo para combater o inimigo é imprescindível, mas todos devem respeitar o oponente e não urinar neles? É essa a lógica em jogo? Proponho o seguinte raciocínio: a guerra é suja, cruel, indigna, dispendiosa, inútil e CRIMINOSA. Já urinar em cadáveres é feio.

5 comentários:

  1. ontem sai aqui na minha cidade e senti uma vontade enorme de ter um `instrumento` pra poder mijar naqueles cowboys dessa cidade horrorosa! hahaha. mas nao é de agora que se preocupam mais com coisas ridículas do que com o realmente necessário..

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  2. essa deve ter sido a melhor mijada do Mundo ... hahaha

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  3. É verdade amigo.Não existe nada mais desumano, imundo e cruel do que uma guerra e os motivos ordinários que desencadeou.E os caras discutem atos corriqueiros principalmente em relação aos objetos.Vão rachar uma lenha...trabalhar, cambada de f#@%$%*

    abç

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  4. Em qualquer embate, não importa quão superior seja um dos lados, este não deve humilhar o outro. Mesmo o mal e a idiotice deveria ter limites.

    A regra é clara:

    No futebol, ganhe por 9 a 0, mas não drible todo mundo, inclusive o goleiro, para sentar e empurrar a bola pra dentro do gol com o saco.

    Na guerra, sobrepuje o adversário que usa capacete de plástico usando aviões Stealth, mas não use os cadáveres como latrina.

    Mas se não dá pra simplesmente dizer "Parem a violência" porque ela simplesmente não pára, talvez trazendo à tona o pior do pior, ajude essa luta a ser vencida pelos "pacifistas" pela estatégia do "comer pelas beiradas".

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  5. O Direito é Elitista, ou seja, ele favorece aqueles que comandam os meios de Produção. E isso não é exclusividade no Brasil. Apesar da Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU e dos demais trabalhos legislativos em todo o mundo objetivando reafirmar os valores inerentes a dignidade do homem, sabemos que o Planeta é movido pela Economia, e essa ferramenta é que legitima e determina as prioridades dos governos. Partindo dessa premissa, fica fácil entender a inversão de valores (como o fato de a vida ser menos importante do que urinar em cadáveres). A própria ONU é uma Organização que, apesar de vital importância, muitas vezes mostra que está submetida as diretrizes estabelecidas pelo Governo americano, deixando que esse faça o que bem entende na hora que quiser. Enfim... o mundo está muito longe de ser o ideal, mas eu acredito firmemente na força da conscientização. O poder do conhecimento e do senso crítico deixam as pessoas alertas e eliminam o comodismo e a passividade...

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